Mandatos sociais: eleitores na rede, políticos na berlinda?

6 01 2012

Interação na web transforma a relação entre quem vota e quem se elege, abrindo caminho para a consolidação das eleições 2.0 no Brasil

A próxima campanha eleitoral só começa oficialmente daqui a mais de seis meses. As articulações e especulações, entretanto, já começaram faz tempo. E, em todo esse movimento, tem chamado atenção a cada vez mais forte presença de políticos nas redes sociais. Em momentos importantes – como, por exemplo, a queda do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva – a maior parte das declarações de aliados e adversários repercutidas na imprensa têm sido feitas através do Twitter. Lá mesmo eles abastecem repórteres, interagem com eleitores e rebatem (ou não) as críticas.

Nas eleições presidenciais de 2010, a rede de microblogs teve uma importância bastante relevante, e ajudou – entre outras coisas – a organizar as grandes mobilizações em torno da campanha de Marina Silva, que saiu da disputa em terceiro lugar, mas com um coeficiente eleitoral cobiçadíssimo de quase 20 milhões de votos.

Em 2012, deveremos ter um cenário com as redes sociais desempenhando um papel ainda mais forte. Além do próprio Twitter, o Facebook vem ganhando território e com um potencial de difusão bem mais amplo.

As regras para uso dessas ferramentas ainda não estão bem definidas e, certamente, terão um impacto grande sobre a relevância que elas exercerão. Mas uma coisa é certa: teremos uma eleição bem diferente de todas as outras até aqui.

Para Felipe Vaz, que foi coordenador de mídias sociais da campanha de Marina Silva, as mídias sociais poderão mudar a forma como o brasileiro lida com a política. “Aos poucos o diálogo com o eleitor vai se tornar mais importante”, explica.

Em entrevista ao Administradores, Felipe fala sobre as perspectivas para as eleições 2012 nas mídias sociais, analisa a conjuntura brasileira e explica o papel do marketing nas campanhas (e, claro, enquanto profissional da área, faz a sua defesa!).

Campanha de Marina Silva em 2010 foi fortemente baseada na internet/ Imagem: reprodução


Nas últimas eleições presidenciais nos EUA, a internet foi muito importante, não só para a campanha em si, mas também para o financiamento da mobilização que elegeu Barack Obama. Você acredita que podemos avançar aqui nesse modelo de captação de recursos, em um futuro breve?

Acredito que vai levar tempo para mudar a cultura. Aqui não temos o hábito da doação de pessoa física para campanhas, e em 2010 foi a primeira vez em que se pode fazer doações online para campanhas no Brasil. Espero que avancemos nesse modelo, pois candidatos cujas campanhas são custeadas pelo público devem se manter fiéis a seus eleitores, e não atender aos interesses dos grande grupos econômicos que hoje financiam as campanhas. O novo ministro do Esporte, por exemplo, teve sua campanha financiada por empreiteiras da Copa. Será que ele vai atender aos interesses da população exclusivamente?

Você acredita que, com a popularização da internet, a velha política dos caciques estará realmente com os dias contados?

Não. Mas se as mídias sociais forem (e acredito que vão) se tornando mais importantes dentro das campanhas, aos poucos o diálogo com o eleitor vai se tornar mais importante. Vai ser mais difícil manter currais políticos, mas esta mudança deve ser lenta.

Pela natureza das mídias digitais, a tendência é que a distância entre candidato e eleitor se torne menor. Isso, pelo menos em tese, implica um diálogo mais direto entre essas duas partes e, principalmente, atenção às cobranças depois da eleição, durante o mandato. Os políticos brasileiros estão cientes disso?

Alguns políticos usam bem estas redes, sobretudo o Twitter. Os que tenho visto aproveitar bem são os legisladores, não só pra dialogar diretamente com os eleitores, mas também como forma de pautar a mídia. Eles usam seus perfis como seus canais particulares com o público. Já outros não têm o mesmo cuidado. É curioso ver o último tweet da Dilma: ela diz, em dezembro de 2010, que em 2011 “quer conversar mais com as pessoas pelo Twitter”. Desde então, só houve silêncio.

  Último tweet de Dilma/ Foto: reprodução


O marketing político é visto como vilão por muita gente. O que você pensa sobre o assunto?

O marketing em geral também é visto como vilão por muitos. Eu não vejo necessariamente assim. Há sim marketing baseado em propaganda mentirosa, e parte do marketing político é baseado nesse modelo. Eu sou totalmente contra a propaganda mentirosa, seja na política ou fora dela. De resto, são esforços de comunicação, é preciso chegar ao seu público e fazê-lo conhecer suas ideias e mostrar os diferenciais entre candidatos. Eventualmente, o eleitor vai descobrir que é com as ideias do seu candidato que ele se identifica. A meu ver, este é um serviço útil. No caso das mídias sociais, há espaço para diálogos e para o estabelecimento de comunicações mais significativas com os candidatos, discussão de propostas, algo mais distante do marketing/branding de sabão em pó da TV.

No caso específico do marketing político digital, você não acha que ele de alguma maneira compromete o caráter popular e espontâneo das mobilizações virtuais?

Não. Há tentativas de forjar mobilizações, e nunca vi uma dar certo. O melhor que o marketing político pode fazer é dar instrumento à militância: escutando-a, repercutindo as ideias dos próprios eleitores, amplificando-as, redistribuindo o que a própria militância faz de mais bacana. Para funcionar bem, nosso trabalho deve ser como o meio-campo que recebe a bola e arma jogadas, e não como atacante (ou como o cara da criação da publicidade, que inventa sacadas geniais e distribui na mídia massiva). A campanha de Marina funcionou bem porque entendemos como produzir engajamento com os eleitores dela.

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Especialista em marketing político lança livro em Teresina

10 11 2011

Carlos Manhanelli, um dos maiores especialistas brasileiros em marketing político, irá lançar em Teresina seu livro: “Jingles eleitorais e marketing político – uma dupla do barulho”, obra que analisa os jingles eleitorais utilizados em campanhas presidenciais ocorridas entre 1930 e 2010. O livro começa discutindo o conceito de marketing e fazendo distinção entre o marketing político e o eleitoral. Em seguida, Manhanelli investiga as origens do jingle no Brasil e, na sequência, analisa campanhas presidenciais.
O autor é formado em Administração de Empresas, mestre em Comunicação pela UMESP e possui cursos de especialização em Sociologia, Ciência Política e Marketing.
O lançamento acontece dia 24 de Novembro, às 18h30, na Livraria Anchieta (av. Dom Severino).





“Super-presidentes” investem na aparência em troca de prestígio político

27 10 2011

Exposição da vida privada cria imagens de líderes a ser seguidos

Não é só na Rússia que um líder como Putin construiu a imagem de “salvador da pátria”. No Brasil e no mundo, vários casos de políticos “super-homens” ganharam destaque na mídia. A exposição da vida privada do ex-presidente Fernando Collor de Mello foi um exemplo clássico no Brasil.

Segundo Lincoln Xavier, especialista em Marketing Político e Propaganda Eleitoral pela USP (Universidade de São Paulo), Collor sempre procurou transmitir, durante a campanha presidencial de 1989, a imagem de um jovem esportista. Após eleito, continuou chamando a atenção ao vestir a camisa de “super-herói” com o apelido de “caçador de marajás”.

Chico Santa Rita, jornalista, publicitário e consultor de marketing político, diz que o plano de Collor de caçar funcionários públicos que recebiam salários altos e desproporcionais engrandeceu ainda mais sua imagem de “guardião da moralidade”.

“Invencíveis”

Esse tipo de estratégia, de criar uma imagem de “deus invencível”, é muito usada por políticos do mundo inteiro. Xavier relembra alguns casos recentes, como fotos do presidente Barack Obama sem camisa, que foram divulgadas durante uma caminhada, mostrando a sua boa forma física.

Também nos EUA, em 2007, o presidente francês Nicolas Sarkozy foi fotografado, durante suas férias, praticando canoagem. Apesar da foto mostrar um líder “sarado”, dias depois foi revelado que a revista francesa que publicou a fotografia havia retocado a foto e eliminado os “pneuzinhos” da cintura do presidente francês.

Sarkozy, aos 56 anos, é frequentemente fotografado praticando corrida ou andando de bicicleta, o que vem dando destaque a sua imagem de dinamismo. Sua popularidade também é reforçada por ser marido da ex-modelo italiana Carla Bruni.





Desafio digital das campanhas eleitorais das eleicões 2012

27 10 2011

Felipe Vaz, coordenador de mídias sociais da campanha de Marina Silva em 2010, discute marketing político na web no FMDS 2011.

Nas últimas eleições presidenciais, um dos maiores destaques foi o rápido crescimento de Marina Silva nas campanhas. Ainda pouco conhecida pela maioria da população e com recursos limitados para a propaganda eleitoral, a candidata conseguiu engajar um grande número de eleitores, que não apenas apoiavam Marina, mas também disseminavam suas propostas nas redes sociais.

“As mídias sociais representaram a possibilidade de quebrar o monopólio de visibilidade das mídias clássicas. Marina conseguiu fazer uma excelente campanha apesar de ter muito menos recursos, não ser uma candidatada conhecida e contar com menos de um minuto e meio na TV e no rádio”, comenta Felipe Vaz, coordenador de mídias sociais da campanha de Marina Silva em 2010. O tema – marketing político na web – será apresentado por Felipe durante a 4ª edição do FMDS – Fórum de Mídias Digitais Digitais/Sociais, que acontece no início de dezembro, em Curitiba.
Vaz aponta que nas próximas eleições, além dos canais que foram utilizados pela campanha de Marina – como Twitter e Facebook –, será possível explorar redes que estão se popularizando cada dia mais, como o Foursquare e o LinkedIN. “Por serem campanhas municipais e, portanto, de menor escala, será viável explorar melhor a geolocalização do Foursquare e trabalhar nichos profissionais mais estreitos via LinkedIn, mas as estratégias vão variar para cada campanha.”

Pela regionalização, o especialista acredita que será difícil a mobilização massiva, mas que será possível – e interessante – aglutinar pequenos grupos em prol de determinadas causas, criando uma comunicação relevante e um relacionamento próximo com os eleitores de cada região. “É provável que as campanhas se aproximem muito mais de um corpo-a-corpo virtual, com a comunicação direta ganhando mais importância. Se isso de fato acontecer, aproximando eleitores e candidatos, será um enorme ganho para a democracia”, avalia.

Para Vaz, uma coisa é certa: cada vez mais o marketing digital estará ao centro das campanhas. Mas ele lembra que, acima de tudo, o foco nas mídias sociais é o relacionamento com o eleitor. “Quem tiver as propostas mais alinhadas com o público e souber conversar com as pessoas vai ganhar uma amplificação natural nas redes. O papel da equipe de mídia social deve ser instrumentalizar e alimentar esta militância”, aponta.
Segundo o especialista, esse foi um dos grandes segredos do sucesso de Marina nas redes sociais: em vez de impor uma visão centralizada da candidata, os eleitores foram ouvidos e suas ideias foram amplificadas por meio da campanha. “Nós fomos, antes de tudo, facilitadores e disseminadores dessas ideias. Muito do trabalho consistia em monitorar e distribuir para o público mais amplo as melhores ideias/memes/propostas surgidas nas próprias comunidades, por oposição ao modelo tradicional de haver um marqueteiro impondo tudo de cima pra baixo”, ressalta.
Bons candidatos
Mas, nas redes sociais, nada fica oculto. Assim como é grande a repercussão das propostas e ideias de um candidato, é também imensa a propagação de informações sobre ele, sejam qualidades ou defeitos.
“Boa parte da campanha política na web, mesmo com bons candidatos, é
 combater a mentira ou as interpretações erradas. Com a velocidade das redes, danos à imagem podem ser amplificados muito rapidamente e causar estragos consideráveis, mas eu vejo as redes como instrumentos de transparência. Elas vão sempre beneficiar mais os candidatos que não têm ‘grandes vulnerabilidades’ para serem explorados pelos adversários”, comenta Vaz.
Para atuar com eficiência com campanhas políticas na web e em mídias sociais, Felipe Vaz cita algumas características fundamentais aos profissionais: capacidade de diálogo e mobilização de pessoas; conhecimento das linguagens específicas de cada público e cada rede; interesse em se envolver diretamente e acreditar na campanha.
“Eu jamais poderia ter feito a campanha para a Marina, sobretudo com o nível de envolvimento que eu e meu time tivemos, se não acreditássemos nela como a melhor opção para o Brasil na ocasião. É inevitável conversar com pessoas, usar perfis reais, dar a cara a tapa.




Direito eleitoral digital: o que esperar da guerra na Internet durante 2012?

26 10 2011

Em breve serão abertos os testes aos sistemas usados pelo TSE ou encomendados por este para as eleições 2012. É neste momento que partidos, autoridades e OAB podem auditar os sistemas em ambientes controlados, já neste momento agindo por meio de técnicos e peritos para garantir a maior integridade possível dos exames. Após esta fase, tem-se a cerimônia de assinatura digital e lacração dos sistemas. Em todas as fases, partidos, autoridades e OAB necessitarão de profissionais técnicos, peritos para acompanhar a compilação dos sistemas e checar assinatura dos códigos fonte (geração dos hashes).

Sobre o pleito que se avizinha, já se encontra no TSE minuta para as regras da propaganda na Internet 2012 (http://www.tse.gov.br/eleicoes/eleicoes-2012/arquivos/minuta-de-instrucao-de-propaganda-versao-audiencia-publica-eleicoes-2012) fruto de uma audiência pública. A aderência a tais normas é fundamental a qualquer candidato que pretenda abusar das redes sociais e da rede como um todo.

Embora mantenha a base de 2010, algumas modificações carecem de novas análises, para que os políticos possam realizar uma efetiva campanha na Internet, porém evitando multas e punições por excessos ou denúncias de concorrentes. Buscar falhas no uso da rede por outro candidato certamente será uma estratégia de desestabilização de campanha. Peritos e profissionais de conformidade poderão auxiliar exatamente no compliance, evitando transgressões e denúncias às autoridades.

Pelas regras, um site hospedado em local inadequado, pode gerar punições. Qualquer manifestação de propaganda antes de 5 julho também pode ser rastreada e denunciada ao TSE, que deverá aplicar punição. Igualmente, o anonimato na rede fica vedado pelas normas, e o pior, o candidato beneficiário das manifestações anônimas pode ser punido, se não tiver como provar que não concordou, consentiu ou permitiu as mesmas. Daí a importância da auditoria contínua em período eleitoral, envolvendo as opiniões e manifestações na rede a respeito de um candidato.

A venda de cadastro de e-mails e sua utilização continua vedada. Candidatos deverão responsabilizar contratualmente empresas de marketing político para casos de uso indevido de e-mails que possam prejudicar o trabalho eleitoral. Muitas vezes o candidato mal sabe que a empresa contratada para mail marketing usa uma base comprada. A revisão de contratos com empresas de marketing digital é pauta relevante e pode caracterizar ausência de má-fé do candidato em caso da constatação de um incidente.

O mesmo vale para e-mails não solicitados, em que candidatos pagarão multa por mensagem não solicitada denunciada ao TSE. Ocorre que agentes de má-fé poderão criar fakes e remeter e-mails a pessoas em nome de outros candidatos (como hoje temos com o pishing scam, só que aqui, com o objetivo de criar obrigação a determinado candidato ou coligação). Tais posturas poderão ser investigadas na rede e constatadas, relatadas em laudo técnico, apurando-se a real autoria das mensagens, onde caberá denúncia ao TSE que deverá punir os violadores, em multa de até 30 mil reais.

Como se percebe, cabe aos candidatos muito cuidado com as “ações” dos marketeiros digitais que já começaram sua prospecções, muitas vezes preocupados em impressionar e gerar buzz, pouco se importando com os excessos e com a conformidade com a legislação, que estabelece as regras para o uso da tecnologia da informação nas propagandas eleitorais.

Mais do que marcar presença na rede, monitorar manifestações e a atuação de concorrentes, pautando-as à luz da legislação, será a pedra de toque que fará a diferença nas eleições que se anunciam. Partidos, coligações, executivas e candidatos deverão estar assessorados por especialistas para que possam validar e homologar campanhas na Internet desenvolvidas por marketeiros, bem como para que tenham condições de comprovar tecnicamente transgressões à legislação ou mesmo falhas, erros ou posturas em sistemas de informações que possam lhes prejudicar na batalha eleitoral.

O autor, José Antonio Milagre, é advogado e Perito especializado em Segurança da Informação.





Palhaços da política

25 10 2011

Sucesso de Tiririca anima partidos a lançar uma trupe de subcelebridades para as eleições de 2012

Tiririca faz escola. O palhaço que nas eleições do ano passado foi escolhido por um em cada 16 eleitores paulistas como seu representante para a Câmara dos Deputados virou caso de marketing, tema de estudos acadêmicos e agora se transforma numa espécie de item programático para partidos de diferentes colorações. Haverá uma legião de candidatos-tiririca disputando vagas nas câmaras de vereadores do País em 2012. Na sexta-feira 7, quando foi encerrado o prazo de filiação partidária para a próxima eleição, as legendas mostraram que têm uma trupe de subcelebridades escalada para buscar um eleitor que está disposto a protestar ou que simplesmente mostra desprezo pela atividade política.

A lista começa pelo PSB. Os socialistas filiaram Tirulipa, o filho do palhaço-deputado, para concorrer a uma cadeira de vereador em Fortaleza (CE). Everton Silva, o Tirulipa, de 26 anos, chegou a ser cortejado pelo PRB e pelo PR, partido do pai, mas acabou optando pelo PSB do governador Cid Gomes. “Nos enxergam só como palhaços, mas por traz da maquiagem existe um homem, um pagador de impostos que tem o direito de se candidatar”, filosofa Tirulipa. O deputado Waldemar Costa Neto, presidente nacional do PR, que idealizou a candidatura de Tiririca, agora aposta no palhaço Bubu, que há 30 anos faz seus números pelas ruas de Mogi das Cruzes (SP), base eleitoral de Waldemar. “Palhaço é um símbolo de protesto e vou me apoiar nisso”, diz Edvaldo Hermenegildo, o Bubu. O sonho de “ganhar a vida com a política” também motivou o humorista Charles Henriquepédia, do programa Pânico, a se inscrever no PTdoB, no Rio de Janeiro. Em São Paulo o partido arrastou a dançarina de funk Mulher-Pêra que poderá disputar a prefeitura da capital. Na mesma linha, o DEM baiano apelou para a Mulher-Maravilha, personagem incorporado pela dançarina Ciça Chagas. Ela ganhou alguma notoriedade no carnaval passado com um hit que insinuava sexo entre os super-heróis. Outro investimento dos Democratas é o anão Pepy Safado, personagem da noite baiana que se apresenta como ‘minidançarino’ de uma banda de pagode.

Para o cientista político Antônio Lavareda, especialista em comportamento eleitoral, pelo menos três fatores explicam o abuso na utilização de figuras excêntricas como puxadores de voto: o nível baixo de identificação dos eleitores com os partidos, o desgaste das lideranças políticas tradicionais e o sistema de escolha proporcional. “Isso é uma verdadeira selva para o eleitor se identificar”, avalia Lavareda.





Minicurso de Introdução ao Geoprocessamento

18 10 2011
Sex, 14 de Outubro de 2011 20:33

Participe!

7 e 8 de novembro – das 18h às 21h30

Investimento de R$40,00

Inscrições na sede da Simbiosis das 13h30 às 18h – VAGAS LIMITADAS!

Traga sua caneca!!!

Todos que desejam trabalhar com meio ambiente, planejamento e recursos naturaislidará constantemente com os mapas, sejam estes oficiais ou produzidos por agências ou consultorias especializadas. Estes mapas contêm preciosas informações a respeito da área de estudo, e por isso é um importante objeto de análise e um meio de divulgação de informações.

Contudo, somente a correta leitura dos mesmos permitirá a compreensão de tudo a que se destina e pretende.

Compreender como um mapa foi elaborado, quer dizer, de onde surgem os dados que o geram e como tais dados são então articulados é fundamental para tais profissionais.

Este curso destina-se a isso, e para tanto tem os seguintes objetivos:

  • Desmistificar os mapas e mostrar que tanto podem ser utilizados para transmitir informações completas como, deliberadamente, escondê-las;
  • Esclarecer os conceitos pertinentes ao tema, tais como Geoprocessamento, Sistemas de Informação Geográfica, Sensoriamento Remoto, Projeção Cartográfica e Datum, Cartografia Sistemática e Temática, entre outros;
  • Mostrar como os dados são trabalhados para a elaboração de um mapa temático;
  • Introduzir os estudantes ao uso de softwares para o geoprocessamento.

Ementa

  • Conceitos
  • Algumas palavras sobre mapas
  • Técnicas e conhecimentos necessários ao geoprocessamento
– Geoprocessamento
– Cartografia
– Sensoriamento Remoto
– Fundamentos de informática
– Banco de dados
– Sistemas de Informação Geográfica
  • Elementos e representação
  • Prática




A Onda (2008)

20 09 2011

A Onda” é um dos grandes filmes da nova safra de bons filmes alemães do momento. Como a maior parte dos filmes europeus, ele não é desproposital. Por trás de sua excelente história, temos uma excelente mensagem à respeito da possibilidade de surgir novos movimentos autocráticos, onde todas as decisões são tomadas por um único ser, que detém o poder absoluto sob uma nação, que por sua vez aceita tudo de bom grado. Rainer Wegner, professor de ensino médio, deve ensinar seus alunos sobre autocracia. Devido ao desinteresse deles, propõe um experimento que explique na prática os mecanismos do fascismo e do poder. Wegner se denomina o líder daquele grupo, escolhe o lema “força pela disciplina” e dá ao movimento o nome de A Onda. Em pouco tempo, os alunos começam a propagar o poder da unidade e ameaçar os outros. Quando o jogo fica sério, Wegner decide interrompê-lo. Mas é tarde demais, e A Onda já saiu de seu controle. Baseado em uma história real ocorrida na Califórnia em 1967.





Campanha eleitoral na internet o desafio de conquistar votos

8 09 2011
agosto 17, 2011   admin
campanha-politica-2012

Desde 2006 a lei eleitoral tem artigos que tratam especificamente sobre a campanha na internet. Em 2010 os candidatos, partidos e coligações terão novas possibilidades por causa da nova lei que regulamenta a propaganda na internet.

 

» A nova legislação para a campanha on-line

Desde o dia 5 de julho é permitida a propaganda eleitoral na internet, podendo ser realizada nas seguintes formas:

  • No site do candidato, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no Brasil.
  • No site do partido ou da coligação, com endereço eletrônico comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor de serviço de internet estabelecido no Brasil.
  • Por meio de e-mails para endereços cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação.
  • Por meio de blogs, redes sociais, sites de mensagens instantâneas e semelhantes, cujo conteúdo seja gerado ou editado por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer pessoa natural.

É vedada, ainda que gratuitamente, a veiculação de propaganda eleitoral na internet, em sites:

  • de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos;
  • oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Também é proibido:

  • A veiculação de qualquer tipo de propaganda eleitoral paga.
  • O anonimato.
  • É proibida a venda de cadastro de endereços eletrônicos.

Confira a lei completa no site do Planalto.

» A profissionalização faz a diferença

As novas regras para utilização da internet nas campanhas eleitorais sem dúvida são bastante democráticas. Quando comparado ao custo das mídias off-line, o investimento necessário para um candidato fazer sua campanha na internet é bastante menor, já que pode lançar mão de opções gratuitas como redes sociais, blogs, microblogs e e-mails.

Como todos os candidatos, de uma forma ou outra, estão na web, se destacarão aqueles que aproveitarem a web de forma criativa, ética e profissional. Na internet o eleitor passa a ser um e-leitor: ele deixa de ter o papel passivo de telespectador de programa eleitoral e assume uma postura crítica de um leitor que, além de ter sua própria opinião, também pode se tornar um formador de opinião usando os mesmos recursos que estão acessíveis aos candidatos: sites, redes sociais, blogs, microblogs e e-mails.

Por ser uma mídia acessível a todos, na web o candidato está constantemente vulnerável a ataques de adversários, a depoimentos de eleitores insatisfeitos e até corre o risco de ser vítima de seu próprio passado. Assim, os candidatos, coligações e partidos que quiserem realmente fazer uma campanha profissional na internet, precisarão estar assessorados por equipes de especialistas para que possam:

  • mostrar que tem conteúdo, principalmente para candidatos que já tiveram cargos eletivos antes e podem contar quais foram suas realizações;
  • relacionar-se com os eleitores que entram em contato diretamente com o candidato e não serem indiferentes às suas dúvidas, críticas e solicitações;
  • monitorar comentários de eleitores em redes sociais e outros sites da internet, inclusive nos sites dos candidatos adversários, e responder quando for necessário.

Realmente é um grande desafio, tanto para políticos como para os profissionais de comunicação e marketing envolvidos.





Aprovado calendário para as eleições de 2012

8 09 2011
O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, na noite de terça-feira (28), o calendário eleitoral referente às eleições municipais de 2012. O pleito será realizado no dia 7 de outubro, em 1º turno, e no dia 28 de outubro, nos municípios onde houver necessidade de 2º turno. O calendário traz as principais datas a serem observadas por eleitores, partidos políticos, candidatos e pela própria Justiça Eleitoral.
 

Em 2012, os eleitores vão eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em mais de 5,5 mil municípios brasileiros.

Principais datas

Um ano antes do pleito, 7 de outubro de 2011, todos os partidos que quiserem participar das eleições devem ter obtido registro no TSE. O prazo é o mesmo para os candidatos que pretendam concorrer estarem com sua filiação partidária regularizada, e terem como domicílio eleitoral a circunscrição na qual pretendem disputar mandato eletivo.

A partir do primeiro dia do ano da eleição, os institutos de pesquisa ficam obrigados a registrar seus levantamentos.  Também a partir desse dia, a Administração Pública fica proibida de distribuir bens, valores ou benefícios gratuitamente, a não ser em situações excepcionais.
Em 9 de maio termina o prazo para que o eleitor possa requerer inscrição eleitoral ou transferência de domicílio. Neste mesmo dia termina o prazo para que o eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida peça transferência para uma seção eleitoral especial.

As convenções para escolha dos candidatos acontecem entre os dias 10 e 30 de junho. Nesse período, emissoras de rádio e TV estão proibidas de transmitir programas apresentados por candidato escolhido em convenção.

Os registros dos candidatos podem ser feitos, pelos partidos ou coligações, até o dia 5 de julho. No dia seguinte, passa a ser permitida a realização de propaganda eleitoral, como comícios e propaganda na internet (desde que não paga), entre outras formas.

Os registros dos candidatos podem ser impugnados até o dia 18 de julho, seja por adversários, partidos políticos, coligações ou pelo Ministério Público.

No dia 6 de agosto os candidatos devem apresentar à Justiça Eleitoral, para divulgação pela internet, relatório dos recursos recebidos para financiamento da campanha eleitoral: a primeira prestação de contas parcial.

A propaganda eleitoral gratuita na rádio e na TV começa no dia 21 de agosto, uma terça-feira.

A segunda prestação de contas parcial deve ser apresentada por candidatos e partidos políticos até o dia 6 de setembro.

A lacração dos programas-fonte, executáveis, arquivos fixos, de assinatura digital e chaves públicas, utilizados nas urnas eletrônicas, acontece até o dia 19 de setembro.

A propaganda eleitoral gratuita na rádio e na TV se encerra no dia 4 de outubro, três dias antes da realização do pleito. Na mesma data se encerra o prazo para propaganda mediante reuniões públicas ou comícios, e também para realização de debates nas rádios e nas TVs. No dia 5, se encerra o prazo para divulgação de propaganda paga em jornal impresso. E no dia 6, acaba o prazo para propaganda mediante alto-falantes ou amplificadores de som, bem como para distribuição de material gráfico e promoção de carreatas.

O primeiro turno acontece no primeiro domingo de outubro, dia 7.

Nos municípios onde houver necessidade de segundo turno, a propaganda eleitoral fica permitida já a partir do dia 8. A propaganda eleitoral gratuita na rádio e na TV, para o segundo turno, pode começar até o dia 13 de outubro e se estende até o dia 26. O segundo turno acontece no último domingo de outubro, dia 28.

No dia 6 de novembro acaba o prazo para partidos e candidatos – exceto os que forem para segundo turno – encaminharem à Justiça Eleitoral as prestações de contas do primeiro. Os candidatos que concorrerem no segundo turno têm até 27 de novembro para prestar contas.

O eleitor que não votar no primeiro turno tem até o dia 6 de dezembro para justificar sua ausência ao juiz eleitoral. Quem não votar no segundo turno tem até 27 de dezembro para se justificar.

A diplomação dos eleitos deve acontecer até o dia 19 de dezembro.

Da Agência de Notícias do TSE